Na Primavera de 2024, estávamos perante um momento histórico. O ano anterior tinha sido o mais quente desde que há registo e tivemos duas eleições que davam o último mandato para decidir se íamos ter o fim aos combustíveis fósseis até 2030. Ao mesmo tempo, estávamos a assistir a um genocídio em direto na Palestina, e milhares de estudantes por todo o mundo organizaram protestos pela libertação da Palestina nas suas escolas e universidades.
Sabíamos que este sistema não funciona ao viver neste mundo de crises, e que os combustíveis fósseis são uma das bases deste sistema, e não consentimos com que as instituições continuem a permitir guerras, massacres e crises em nome do lucro fóssil. Sabíamos que o único plano que nos garante um futuro é o fim ao fóssil até 2030. Só uma transição justa, nos prazos da ciência e baseada nos valores da liberdade e democracia vai evitar o colapso climático e a ascensão da extrema-direita.
Sabíamos que tínhamos de assumir a responsabilidade histórica do momento. Não podíamos continuar a estudar enquanto víamos todas as escolas em Gaza a ser destruídas e estudantes como nós a ser massacrados. Não podíamos continuar a estudar e esperar que isso fosse suficiente para termos um futuro assegurado.
Na primavera de 2024, mobilizámos e organizámos nas escolas, que são os nossos espaços de luta. Construimos núcleos nas escolas e universidades, organizámos eventos, palestras e formações – e trocámos ferramentas com outras escolas. Fizemos assembleias abertas a todos os estudantes, que podiam participar nas discussões e tarefas. E recrutámos estudantes como nós para se juntarem a protestos dentro e fora das escolas.
Em Fevereiro e Março de 2024, durante as eleições legislativas, fizemos protestos para exigir a todos os partidos que se comprometessem com o Fim ao Fóssil até 2030, e para denunciar que nenhum partido tem um plano adequado à realidade climática porque nenhum programa político prevê como vamos fazer a transição justa nos prazos da ciência. Vivemos em emergência climática. Nenhum partido tem legitimidade para criar governo se continuar a ignorar a maior crise que a humanidade já enfrentou.
- Despejámos uma lata de tinta no Montenegro
- Interrompemos o comício do PS
- Fizemos um protesto na arruada do PS
- Abrimos uma faixa no topo do Banco de Portugal
- Deixámos mensagens nas sedes de todos os partidos
Somos o movimento estudantil que não consente com a nossa condenação em nome do lucro. Se quiseres estar do lado certo da história junta-te a nós. Precisamos da tua coragem e determinação para não dar paz ao sistema fóssil até termos um futuro assegurado
