Interrompemos o comício do PS na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, para reivindicar o fim aos combustíveis fósseis.
Nenhum partido ter um plano para o fim aos combustíveis fósseis até 2030 em eleições que dão mandato até 2028 é condenar conscientemente o futuro de todos os jovens. O comício estava a decorrer normalmente quando cerca de uma dezena de estudantes se levantarem para fazer um discurso.
“Em Portugal, já começámos a sentir os efeitos da crise climática: as secas, o preço dos alimentos, as mortes devido ao calor ou frio extremo, os incêndios e cheias. E vão ser cada vez mais frequentes e intensos enquanto nada fizerem. A escolha é vossa, vão comprometer-se com a ciência e a justiça? Comprometer-se com o fim aos fósseis até 2030?”
discurso
O discurso acusava ainda o PS de ter escolhido e continuar a escolher aumentar as emissões no país este partido escolheu proteger os lucros exorbitantes da EDP e da GALP, nomear como ministros CEOs de petrolíferas e criar projetos suicidas de expansão de emissões, como um novo gasoduto e um novo aeroporto.
Fomos interrompidos e retirados do comício de forma violenta por militantes do partido. Alguns dos manifestantes chegaram mesmo a ser agredidos.
Neste ano em que celebramos os 50 anos do 25 de abril, a inação dos partidos está a colocar em causa os direitos que esta revolução ganhou. Em colapso climático não há paz, nem pão, nem saúde, nem habitação. A democracia é uma luta constante, e os partidos estão todos a falhar.
Não vamos dar paz às instituições de poder que não estão a garantir o fim ao uso dos combustíveis fósseis até 2030. Esta primavera vamos mobilizar estudantes nas escolas para a Primavera Estudantil Pelo Fim ao Fóssil. Não dizemos que não se deve votar no dia 10. Dizemos que isso não chega. A nossa luta vai fazer-se nas escolas e nas ruas. Sabemos que estamos do lado certo da história.