Cerca de 20 estudantes ocuparam o Ministério dos Negócios Estrangeiros, tendo sido imediatamente confrontados com repressão por parte da polícia, que os começou a retirar violentamente. Exigiam um cessar-fogo imediato e incondicional em Gaza e o fim ao fóssil até 2030.

O que se passa na Palestina e o colapso climático iminente são as expressões máximas de como as instituições nos estão a falhar. Assistimos a um genocídio em direto e aprendemos desde cedo que não teremos um futuro se não acabarmos com os fósseis. Mas as instituições de poder e o governo que este Ministério representa nada fazem. Não podemos deixar que continuem a ignorar estas crises.

Estes estudantes fazem parte do movimento “Fim ao Genocídio, Fim ao Fóssil”, que simultaneamente estava a ocupar duas faculdades em Lisboa, com as mesmas reivindicações. Estas reivindicações incluem o fim do genocídio em curso na Palestina, o corte de quaisquer relações diplomáticas e financeiras com Israel, e o boicote aos projetos de Gás Fóssil explorado em Israel, garantindo que até 2025 Portugal deixa de utilizar Gás Fóssil para produzir eletricidade.

O genocídio em curso na Palestina é a derradeira expressão de um projeto colonial sionista e a indústria fóssil está intimamente ligada à perpetuação de regimes coloniais como Israel. A libertação da Palestina exige o fim do colonialismo fóssil e de todas as formas de opressão, extração e exploração colonialista. E o futuro de todos depende do Fim ao Fóssil nos prazos da ciência.

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