Na semana dos 50 anos do 25 de Abril, ocupámos a nossa faculdade pelos direitos que a revolução ganhou. Em colapso climático não há paz, pão, saúde, habitação, e muito menos educação.
Hoje ao início da tarde, a faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa foi novamente ocupada, para reivindicarmos o Fim ao Fóssil até 2030. Montámos uma ocupação no interior da faculdade, com várias tendas e faixas, em protesto contra a inação das instituições de poder em relação à maior crise que a humanidade já enfrentou.
Escolhemos ocupar a nossa faculdade porque os espaços que a sociedade elegeu para nos projetar para o futuro devem ser um espaço de organização e de luta dos estudantes pelo seu futuro.
Na última ocupação pelo fim ao fóssil nesta faculdade, a polícia foi chamada para remover o nosso protesto e recorreu a níveis desnecessários e exagerados de força, tendo usado técnicas de tortura para nos forçar a sair, enquanto representantes da direção da faculdade assistiam.
Apesar da repressão, continuamos determinados, inspirados pelos exemplos da luta estudantil contra o Estado Novo. Enquanto estudantes, é nossa responsabilidade seguir o legado do movimento estudantil contra a ditadura, que em tempos de opressão, respondeu com resistência. Estudantes já deram várias provas de que, com a sua ação, a mudança é possível. Hoje, ela é necessária mais do que nunca. É urgente reerguer a resistência estudantil, para garantir que temos um futuro.
Nesta Primavera Estudantil pelo Fim ao Fóssil vamos fazer ações nas escolas para mobilizar e organizar estudantes e interromper as instituições de poder que estão a condenar os nossos futuros em nome do lucro fóssil.