Estudantes do movimento Fim ao Fóssil bloquearam o edifício do Banco de Portugal . Colaram-se às portas, impedindo a entrada no edifício, num protesto para denunciar o investimento do Governo Português na indústria fóssil e a falta de investimento na transição energética justa. Dois estudantes bloquearam-se dentro das portas giratórias do edifício.

Reivindicamos o fim do uso de combustíveis fósseis até 2030 e que se pare de usar gás fóssil para produção de eletricidade até ao próximo ano, utilizando antes eletricidade 100% renovável e gratuita. 

Dois dos estudantes foram algemados e detidos pela polícia, que se recusou a dizer porque os estava a deter e para onde iam ser levados. Foram retirados em carrinhas da polícia e os restantes estudantes que estavam no protesto montaram uma vigília de apoio.

Estávamos a fazer um protesto pacífico. Interrompemos o funcionamento de uma das instituições que nos estão a condenar. Já apresentámos por diversas vezes, em protestos anteriores, o plano Empregos para o Clima, que é um plano compatível com uma transição justa em Portugal, dentro dos prazos da ciência. As soluções existem e, se são ignoradas, o que não existe é vontade política para resolver uma crise e evitar o colapso civilizacional a que esta nos conduzirá.

A transição energética nunca acontecerá dentro de um sistema onde as instituições se regem pelo mercado, colocando o lucro à frente da vida daqueles que dizem representar. Quando nos dizem que em Portugal não existe dinheiro para o investimento necessário para uma transição energética, ​​​​​​​relembramos que Portugal é o país da União Europeia que tem a maior percentagem do seu PIB direcionada para subsídios a combustíveis fósseis. O dinheiro que devia estar a ser investido numa transição energética justa é, em vez disso, investido no negócio que nos está a condenar. O nosso futuro não pode estar à venda.

Este foi o primeiro protesto da Primavera Estudantil pelo Fim ao Fóssil​​​, onde continuaremos a interromper o funcionamento de instituições de poder, até que estas se comprometam a garantir o fim ao Fóssil até 2030. ​​​​​​​Dia 8 de junho, vamos marchar contra as instituições que nos estão a falhar e apelamos a que toda a sociedade se junte a nós. Travar a maior crise que a humanidade já enfrentou depende da ação de todos.

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