No dia em que se celebra a luta estudantil contra a ditadura, voltámos à rua e prometemos que vamos continuar a lutar para garantir o nosso futuro.

Esta quinta, estudantes de todo o país juntaram-se num protesto que simultaneamente celebra a luta estudantil contra a ditadura e reivindica os direitos dos estudantes no presente. Num bloco de resistência estudantil, os estudantes da Greve Climática Estudantil e de vários núcleos estudantis, juntaram-se para anunciar que a luta estudantil vai voltar a ser disruptiva, pois precisamos de lutar para garantir o fim ao sistema fóssil que coloca o lucro acima da vida.

Estamos num momento histórico. Para o bem ou para o mal, 2024 é o ponto de viragem na batalha pelo nosso futuro, pois precisamos do fim aos fósseis até 2030. Aprendemos que este sistema não funciona ao viver num mundo de crises. Sem casa, sem estabilidade, sem dinheiro para viver, a ver um genocídio em direto sem que nenhum governo o pare e em breve nem água teremos. E todas estas crises alimentam a ascensão do fascismo que estamos a ver.

Neste ano em que se celebram os 50 anos do 25 de abril, e nesta data em que se celebra a luta estudantil contra a ditadura, afirmamos que a única forma de combater o ressurgimento do fascismo é garantindo os direitos que abril prometeu . E que para garantir que isto acontece o movimento estudantil interseccional tem de se unir para interromper as instituições de poder que nos estão a negar um futuro.

Ao chegar à assembleia da República, atirámos bolas de tinta verde ao outdoor do Chega, afirmando que estamos comprometidos na luta verdadeiramente dirsuptiva contra os cães de guarda do sistema fóssil. Afirmamos que o Chega e que o fascismo são um sintoma das crises causadas pelo sistema que coloca o lucro acima da vida, e que apenas servem para o proteger. 

Temos de assumir a responsabilidade histórica deste momento. Estudantes já abalaram sistemas. Agora é a nossa vez. ​​​​​​É necessário reerguer o movimento estudantil. ​​​​​​​​​​​​​​Não podemos continuar a estudar e esperar que isso seja suficiente para termos um futuro assegurado. De que vale um diploma num mundo em chamas?

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