7 de Novembro de 2022, segunda feira

Dia 7 de Novembro começaram as ocupações pelo Fim ao Fóssil, 4 escolas e universidades foram ocupadas logo de manhã e mais 2 também foram ocupadas até ao final do dia.

Na manhã de 7 de Novembro os secundários Liceu Camões e António Arroio, e as Faculdades de Ciências da Universidade de Lisboa e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da avenida de Berna foram ocupadas e na mesma tarde o Instituto Superior Técnico e a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa foram ocupados também. A mensagem do movimento em Portugal, feito pela Greve Climática Estudantil Lisboa, foi simples: “Fim ao fóssil: Ocupa!”.

Dezenas de estudantes ocuparam os seus estabelecimentos de ensino, e declararam que o iriam fazer até que o governo atendesse às suas reivindicações. Interromperam a normalidade e ocuparam a sua escola porque, segundo William Hawker, aluno da escola António Arroio, “é impossível fingir que está tudo bem, a crise climática está aqui e, por cada barril de petróleo extraído, por cada metro cúbico de gás fóssil, a situação piora. Sabemos disto há décadas, ninguém fez nem vai fazer nada se não for a única opção que deixamos viável. Causamos disrupção porque precisamos mudar drasticamente de rumo, para um que permita um futuro para todos nós.”

As estudantes mostraram-se prontas para “ocupar até vencer”, carregadas com comida, mantas, sacos-cama, tendas e muito mais. Assumiram que iriam resistir e lutar por um futuro enquanto fosse necessário. Exigiram o fim aos combustíveis fósseis até 2030, assegurando uma transição justa para os trabalhadores e para um futuro renovável e o fim ao fósseis no governo, nomeadamente com a demissão de António Costa e Silva, ex-barão fóssil e atual Ministro da Economia e do Mar.

Carolina Loureiro, estudante da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da NOVA, salientou que “os últimos 8 anos foram os 8 anos mais quente desde que há registo, tentámos greves e petições, reuniões com ministros e concentrações. Nos últimos 3 anos, desde que começaram as Greves Climáticas Estudantis a situação só piorou. No passado mês de setembro a Nigéria e o Paquistão estiveram inundados, a Califórnia esteve em chamas e Porto Rico foi devastado por um furacão, em Portugal, durante setembro, 96.5% do território nacional estava entre seca moderada e severa. No mesmo ano, durante maio, o Ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva, assumiu a sua abertura para reabrir projetos de exploração de gás fóssil no Algarve, indo contra tudo o que cientistas recomendam para combater a crise climática.”

No dia em que as ocupações tiveram início relembraram desde logo o “Consenso de Ação” destas ocupações para afirmar que “Todas as ocupações serão diversas e assumirão diferentes moldes, tendo diferentes reivindicações locais, mas vamos todas agir de uma forma calma, e cuidada, e não vamos colocar nenhuma pessoa em perigo. Resistiremos ou contornaremos pacificamente quaisquer impedimentos de forças policiais ou de segurança. Utilizaremos diversas táticas e iniciativas criativas com o objetivo de suster a disrupção e fazer crescer a ocupação.”

No dia anterior, dia 6 de novembro, mais de uma centena de professores e investigadores declararam o seu apoio e solidariedade com as várias ocupações pelo Fim ao Fóssil.

Os estudantes do movimento apelaram ainda a que todos os estudantes se juntassem às ocupações, e que restantes membros da sociedade as apoiessem, e que participem na marcha pelo clima de dia 12 de Novembro, às 14h, no Campo Pequeno, organizada pela coligação “Unir Contra o Fracasso Climático”.

O movimento a nível internacional “End Fossil Occupy!” que desde o início do semestre já terá ocupado escolas nos Estados Unidos, na Alemanha e em Espanha pelo fim aos combustíveis fósseis chegou a Portugal dia 7 de Novembro!

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António Arroio

Na Escola Artística António Arroio, pelas 11h da manhã, dezenas de estudantes marcharam pelos corredores da escola, chamando mais colegas para se juntarem. Acabaram em frente a entrada da escola e declararam o início da ocupação. Seguiu-se uma assembleia de estudantes com mais de 200 participantes. O dia foi ocupado por sessões de artivismo e justiça climática . Cerca de 60 estudantes pernoitaram na escola e vão ocupar até que sejam ouvidas.

Liceu Camões

Na Escola Secundária Camões a mensagem é de vitória. Clara Pestana, porta-voz do núcleo, afirma que “Não há nenhum camoniano [estudante da Escola Secundária Camões] que não possa dizer que ontem, dia 7 de novembro, foi uma vitória.” Dezenas de estudantes encheram o pátio, os corredores, as salas improvisadas dentro de contentores a gritar Fim ao Fóssil! Além da declaração de ocupação, durante a tarde aconteceram concertos e palestras sobre a crise climática. Para pernoitar ocuparam o ginásio da escola, com mais de 60 estudantes.

FCSH

Na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da NOVA as estudantes que ocuparam organizaram uma sessão sobre Crise Climática e um professor da faculdade juntou-se à ocupação para fazer uma sessão sobre o Antropoceno e a Crise Climática. Além disso ainda organizaram um workshop sobre “Fim ao Fóssil e Fim à Propina” e um concerto. Durante o dia houveram várias negociações com a direção, que acabou por ceder ao poder estudantil e foi possível pernoitar dentro da Faculdade. Mais de 70 pessoas passaram pela ocupação e cerca de 15 pessoas passaram a noite na faculdade.

FCUL

Na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa montou-se uma exposição de Ciência Climática e a ocupação abriu a “Faculdade de Ciências Climáticas de Lisboa”. Além disso anunciaram que irão ter uma cantina social vegana aberta a toda a gente como alternativa à cantina universitária.

FLUL

Do outro lado da Cidade Universitária, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, a escadaria dentro da entrada principal esteve ocupada durante várias horas. Ao tentarem assegurar um espaço para pernoitar, a ocupar um auditório, estudantes foram impedidas pelos seguranças privados, que utilizaram força excessiva para travar este avanço, agarrando em pescoços de ativistas. Hoje (dia 8) é aberta a cantina social da ocupação da Faculdade de Letras.

Técnico

No Instituto Superior Técnico o pavilhão de civil foi ocupado! Começaram com uma “vigília pelo nosso futuro” e prosseguiram a ocupar o pavilhão de civil, com tendas montadas e faixas colocadas. Tiveram uma reunião com a direção e permaneceram durante a noite no local.

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O compromisso das estudantes nas várias ocupações mostrou-se claro. Ocupar até vencer foi uma frase gritada regularmente nos corredores das escolas. Mostraram-se prontas para ficar até serem ouvidas.

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8 de Novembro de 2022, terça feira

Mais de cem estudantes ocuparam o total de 6 escolas entre 7 e 8 de Novembro. Prometeram continuar a “ocupar até vencer”.

Após os protestos de segunda, mais de 100 estudantes pernoitaram dentro dos seus estabelecimentos de ensino para exigir “Fim ao Fóssil”. Mantiveram as suas 2 exigências, fim aos combustíveis fósseis até 2030 e fim aos fósseis no governo, nomeadamente do ex-barão do petróleo, António Costa e Silva.

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9 de Novembro de 2022, Quarta Feira

MAIS DE 150 ESTUDANTES DORMIRAM NAS SUAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO, NA ESCOLA ANTÓNIO ARROIO MAIS DE 200 ESTUDANTES BLOQUEARAM A ENTRADA DA ESCOLA

As ações do movimento “Fim ao Fóssil – Ocupa!” mantiveram-se. Mais de 150 estudantes pernoitaram nas suas escolas e universidades.

Arroio

Na ocupação da escola secundária António Arroio, mais de 250 alunos bloquearam a entrada principal da escola, impossibilitando o funcionamento regular das aulas. Logo após, os estudantes organizaram um plenário para clarificar os objetivos da ocupação e os princípios.

Liceu Camões

Na ocupação da escola secundária Camões a noite foi passada no ginásio da escola, com cerca de 60 estudantes a ocupar. O dia foi preenchido com uma sessão dada pela bióloga marinha Ana Pego e outra sessão, sobre “História dos Movimentos Estudantis” por Ana Barradas. Durante o almoço abriram uma cantina alternativa gratuita a todas as pessoas.

FCSH

Na ocupação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da NOVA o dia começou com uma manifestação pela universidade, a interromper aulas para exigir o fim ao fóssil e a apelar à ação do resto do corpo estudantil. Logo após pintaram um mural espontâneo no muro principal da faculdade. Numa reunião com a direção, foi exigida a suspensão total das aulas até que as reivindicações fossem cumpridas, como forma de concretizar o facto da direção dizer que estava solidária com a causa.

FCUL

Na ocupação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa a cantina social, alternativa acessível à não existência de nenhum espaço público de alimentação dentro da universidade, esteve ativa para distribuir comida vegan para os estudantes. Após uma reunião com a direção da universidade, a direção comprometeu-se a incluir a mensagem da ocupação “Fim aos Fósseis até 2030” nos seus discursos sobre sustentabilidade.

FLUL

Na ocupação da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa comida gratuita e vegan também foi distribuída, abrindo uma cantina social, mesmo com os bloqueios colocados pela administração da faculdade e polícia.

Técnico

Na ocupação do Instituto Superior Técnico, durante o conselho de escola (reunião onde é aprovado o plano estratégico do Técnico 2020-30, que não inclui nenhuma meta que seja explicitamente sobre a crise climática) os estudantes exigiram que fosse incluída a meta “Neutralidade Carbónica até 2030 no Técnico”, numa vigília com mais de 40 estudantes, professores e investigadores.

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Em demonstração de solidariedade, estudantes da escola básica e secundária Josefa de Óbidos marcaram uma greve estudantil para esta sexta-feira como forma de apoiar os estudantes que estão a ocupar!

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10 de Novembro, quinta feira

Estudantes barricaram-se na secundária António Arroio exigindo o fim aos fósseis.

Na manhã de 10 de Novembro, estudantes da escola secundária António Arroio colaram-se às portas de entrada e bloquearam a escola com uma ocupação com centenas de participantes, exigindo o fim aos combustíveis fósseis até 2030 e a demissão do ministro da economia e do mar, António Costa e Silva.

O escalamento da ocupação que durava desde segunda-feira surgiu como “a única resposta adequada ao facto da maior mobilização que o movimento pela justiça climática já fez, não ter tido resposta governamental” segundo William Hawkey, porta-voz desse núcleo.

“Sabemos da gravidade existencial da crise climática há décadas, ninguém fez nem vai fazer nada se ação séria não for a única opção que deixamos viável” adiciona ainda o porta-voz, acompanhado de uma faixa onde se lê “direto à educação ou direto à vida?”.

O diretor do secundário não chamou as autoridades e fechou a escola até à semana seguinte.

As ocupações do movimento “Fim ao Fóssil” continuaram em outras cinco instituições de ensino com centenas de estudantes, e conflito crescente devido à falta de resposta às suas reivindicações. Mobilizam-se agora para apoiar a multidão à porta do escola secundária bloqueada.

Paralelamente, estudantes do Instituto Superior Técnico foram ameaçados pela direção de serem removidos pela polícia, e acabaram por ser retirados por seguranças privados, dando fim à ocupação para ir prestar apoio aos estudantes da António Arroio e da FCSH.

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11 de Novembro, Sexta Feira

“O que vão dizer aos vossos filhos?”. Na sexta feira, estudantes foram removidos à força da faculdade de letras enquanto exigiam o fim aos fósseis.

Ao fim da noite de sexta feira, a equipa de intervenção da PSP expulsou uma dezena e deteu quatro estudantes que ocupavam a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Os ativistas encontravam-se agarrados ao chão com super-cola, e presos por tubos de ferro uns aos outros, exigindo o fim aos combustíveis fósseis até 2030, e a demissão do atual ministro da economia e do mar pelas suas ligações à indústria petrolífera, recusando-se a sair até que as reivindicações fossem atendidas.

A polícia de intervenção acusou de desobediência os estudantes imobilizados por cola, independentemente da sua capacidade de se moverem, começando por deter e arrastar contudo a pessoa encarregada de cuidar da segurança das suas colegas.

“O que vão dizer aos vossos filhos? Que sabiam que o mundo ia acabar, mas defenderam os interesses dos poderosos?” protesta Ana Carvalho sobre a ação da polícia perante as ocupações. “Somos punidos pela exigência “absurda” de um planeta habitável” rematou ainda a Ana.

“Resistimos porque ainda não fomos ouvidos. A normalidade parou de ser viável há muito tempo, e quem tem poder de o declarar e agir sobre isso continua a ignorar esse facto. Até lá, agimos contra a nossa vontade como se a nossa casa estivesse a arder, porque está.”

Margarida vale de gato, professora da FLUL, em solidariedade com as ocupantes, salientou que “esta é uma causa urgente pela qual todas as pessoas se devem responsabilizar e que os atuais órgãos de decisão não podem esperar pelo sacrifício dos mais jovens.”

Enquanto as ocupações de Lisboa enviam vídeos de apoio, estudantes em escolas sem ocupações mostram também apoio ao movimento “Fim ao Fóssil: Ocupa!”. Na tarde do mesmo dia ocorreu na escola secundária Josefa de Óbidos uma manifestação em solidariedade com o as ocupações que têm surgido em múltiplos países. Ainda na noite da detenção dezenas de estudantes mobilizam-se para uma vigília à porta da esquadra.

O diretor da FLUL, que deu a ordem de retirada das ativistas, recusou-se a prestar declarações e a dar a cara pela sua decisão.

Às quatro da manhã de sábado, as ativistas detidas foram finalmente libertas, tendo ido descansar para se prepararem para estarem presentes na manifestação “Unir Contra o Fracasso Climático”.

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12 de Novembro de 2022, Sábado

Ocupas unidas na marcha unir contra o fracasso climático e invasão de evento que contava com a presença do ministro da economia.

Após quase uma semana de ocupações, os estudantes das várias escolas e universidades juntaram-se à marcha “Unir Contra o Fracasso Climático” que aconteceu sábado em Lisboa e teve a participação de mais de 1000 pessoas. No início do percurso, dezenas de ativistas invadiram um edifício onde o Ministro da Economia António Costa e Silva esteve como orador num evento, exigindo a demissão do ministro que antes deste cargo público era o CEO da empresa petrolífera Partex. Do lado de fora, a manifestação gritou “Fora, fora, fora Costa e Silva”, “Somos a natureza em auto-defesa” e “Prendam o ministro, não os ativistas”, em solidariedade com a ação. Mais de 30 polícias estiveram envolvidos na operação, extremamente bruta e violenta, dos ativistas não-violentos de dentro do edíficio.

A manifestação acabou no Liceu Camões, com cerca de 50 alunos ainda dentro da escola. Os alunos gritavam “Pelo Clima – Unidos – Ocupamos – Resistimos” e exigiam neutralidade carbónica até 2030 e o fim aos fósseis no governo, nomeadamente António Costa e Silva. Estudantes do Liceu comprometem-se a manter a ocupação ativa e convocam as pessoas para passarem lá durante os próximos dias para lutar e resistir em conjunto, com especial foco na segunda feira, dia em que fará uma semana desde que a ocupação começou.

Raquel Alcobia, estudante da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da NOVA, anunciou que “embora tenhamos interrompido a ocupação para nos juntarmos à marcha, voltaremos para disromper a normalidade esta segunda-feira, ocupamos até vencer!”

Receamos mais o fim do mundo” disse Ana Carvalho, uma das estudantes da Faculdade de Letras que passou horas na esquadra da 2ª divisão de Lisboa nessa mesma noite, por ter lutado por um futuro. Os 4 estudantes detidos, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, são levados a tribunal por ocuparem as suas escolas pelo fim aos fósseis. Dia 14 de novembro, próxima segunda-feira, às 13:30 será a sua primeira audiência em tribunal, no “Campus da Justiça, Edifício F”. Está marcada uma demonstração de solidariedade com as estudantes para a mesma altura em frente ao tribunal.

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13 de Novembro de 2022, Domingo

Enquanto as estudantes que estiveram a ocupar durante uma semana e que sofreram de grande brutalidade policial no dia anterior aproveitavam o dia para descansar e se preparar para o início da semana, a sociedade demonstrou-se solidária com o movimento.

Mais de 100 professores e investigadores assinaram a carta de apoio às ocupações, incluido vários professores da Faculdade de Letras, que estiveram presentes durante a operação policial desta sexta-feira.

O Departamento do Ensino Superior e Investigação do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa também se solidarizou com o movimento, com uma nota de solidariedade enviada para o movimento.

Além de professores e investigadores, a comunidade cultural e artística também se está a organizar e expressar apoio, esta conta com mais de 300 subscrições. A carta de apoio termina com “Toda a solidariedade para com a jovem comunidade de estudantes activistas climáticos. Esta luta é de todos nós”.

Após as intervenções do ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva, Alice Gato comentou que “António Costa e Silva fala sobre crise climática e diz-se solidário, contudo sempre foi um ávido defensor da expansão petrolífera” recordando as palavras do então gestor da Partex Oil & Gas quando os contratos para a exploração de petróleo na Costa Algarvia foi cancelada. Este é um dos vários argumentos que os protestos estão a usar, são publicamente acessíveis no website do movimento. Clara Pestana acrescentou que “Se o ministro está disposto a dialogar, que apareça na ocupação do Liceu Camões para uma sessão sobre a Crise Climática, entre em contacto connosco para fazer isso acontecer amanhã, segunda-feira”. Outra estudante adianta “Não resolve a crise climática um investimento em energias renováveis enquanto não existe uma transição energética que corte emissões. Não resolve a crise climática solidariedade de um ministro, precisamos de investimento público entre 6 a 9 mil milhões de euros para empregos para o clima que assegure esta transição, algo que é da competência do ministério da economia.”

Após este convite por nossa parte, o ministro da economia, que tinha afirmado ser “um homem de diálogo”, recusou o convite de ir à ocupação do liceu camões.

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14 de Novembro de 2022, Segunda

O Liceu Camões fechou a escola pelo fim aos fósseis durante o dia inteiro de segunda!

Dezenas de estudantes das ocupações que entretanto já tinham acabado juntaram-se às alunas do liceu camões para dar força ao protesto.

Ao longo do dia, foi marcado o encontro entre 6 ativistas das ocupações e o ministro da economia, António Costa Silva, no ministério.

O dia terminou com uma assembleia de próximos passos, onde se decidiu dar fim à ocupação do liceu camões e que as ocupações marchariam no dia seguinte do largo camões até ao ministério da economia, na manifestação “Parar o gás, fora costa silva!” para levar as 6 ativistas até à reunião com o ministro.

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15 de Novembro de 2022, Terça

Terça, 6 ativistas da Greve Climática Estudantil foram reunir, levadas por uma manifestação, com o ministro da Economia António Costa Silva, acabando detidas depois de exigir a sua demissão, e sendo libertadas 4 horas depois, onde as aguardava uma vigília de apoio.

Em baixo, podes saber mais sobre o que aconteceu.

Ao fim da noite anunciaram o fim desta vaga de ocupações, prometendo voltar a ocupar em peso na primavera:

Apelaram a que quem se quisesse juntar a estas preparações das próximas ocupações da GCE e ao movimento por justiça climática, aparecesse na assembleia de dia 19 de Novembro, às 14h, no Disgraça, e na próxima reunião introdutória da GCE lisboa, dia 21, às 18h, no CIDAC (Picoas):

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Na manhã seguinte, as 5 ativistas detidas foram presentes a tribunal, tendo acabado por aceitar uma suspensão provisória do processo e dezenas de horas de trabalho comunitário, para conseguirem dedicar a sua energia às preparações das ações da primavera e a apoiar o processo legal das camaradas da FLUL, retiradas à força policial da sua faculdade.

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Não paramos de lutar, na primavera voltamos a ocupar! Junta-te a nós!

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