A Greve Climática Estudantil faz parte da Campanha Empregos Para o Clima desde 2019.

A campanha dos Empregos para o Clima visa combater a precariedade laboral e climática e lutar por um mundo socialmente justo e ambientalmente são. A campanha propõe realizar esta transformação através da criação de emprego público digno e estável em setores estratégicos, para reduzir as emissões de gases de efeito de estufa na atmosfera.

É uma proposta política fundamentada em análise científica, e uma das mais relevantes no contexto social e político português.

Porquê? Por (pelo menos) três razões.

1) As medidas de austeridade impostas pela Troika e o governo de direita transformaram a crise dos bancos numa crise social com níveis de desemprego e precariedade sem precedentes, emigração massiva e o colapso de serviços públicos como a saúde e a educação. O que se passou em Portugal com a crise financeira, passa-se no mundo com a crise climática, que causa já (ou promete causar) devastação a grande parte da população do mundo. A campanha de Empregos para o Clima luta para resolver as duas crises ao mesmo tempo, o que conta em Portugal com forte apoio popular.

2) Depois de anos de mobilizações de massas contra a austeridade, os movimentos sociais estão cansados de resistir. E embora tenham conquistado vitórias importantes, por exemplo na travagem das privatizações ou defesa dos direitos dos trabalhadores, faz falta uma dimensão de luta por algo (não apenas contra algo) para injetar força nestas lutas.

3) O hiato entre a urgência de uma ação climática global e a expetativa quase nula em relação ao Acordo de Paris que saiu da Cimeira do Clima (COP-21) em 2015 pode e deve ser preenchido com um foco na construção de movimentos de massas, focados não “depois da COP”, mas “para além” dela.

Estas são razões relevantes para lançar no contexto português uma campanha de Empregos para o Clima. Para isto a campanha está a contactar sindicatos, associações de trabalhadores, organizações e grupos ambientais e cívicos, para expandir e escalar esta luta.

Relatório da Campanha Empregos Para o Clima

Temos de travar as alterações climáticas, e temos de o fazer rapidamente. Temos de garantir uma redução eficaz e suficiente das emissões de gases com efeito de estufa e uma transição justa para uma economia pós-carbónica.

A campanha Empregos para o Clima defende a criação massiva de novos postos de trabalho no sector público em sectores-chave para reduzir as emissões de gases de efeito de estufa. Achamos que a luta pela justiça social e o combate às alterações climáticas estão interligadas, por isso a nossa proposta responde ao mesmo tempo ao aquecimento global, ao desemprego e à precariedade.

Em Portugal, foi editado um relatório para explicar as principais reivindicações da campanha. Calculamos que 200 mil novos postos de trabalho podem cortar as emissões de gases de efeito de estufa em 85% num período de 10 anos.

Na verdade, as nossas estimativas são que podemos (e devemos) garantir emprego e requalificação para todos os trabalhadores nos setores poluentes, e depois disto podemos ainda ter mais 200 mil novos empregos!

A última edição do relatório foi lançado em Maio de 2021.

Lê o relatório!

O relatório está disponível aqui.

O relatório visa sintetizar os diversos contributos de sindicalistas, ambientalistas, especialistas e académicos, que foram publicados em artigos próprios no site da campanha. Para simplificar a leitura, esses contributos e todas as referências e fontes foram compilados num Suplemento Técnico, que pode ser acedido aqui.

Transição Energética Justa nas Escolas

Em 2019, o SPGL e o SPN lançaram um caderno reivindicativo para as escolas.

Ler caderno.

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