A crise climática é o tempo das nossas vidas. A cada semana que passa, as consequências desta catástrofe são cada vez mais visíveis e impossíveis de ignorar, desde cheias, incêndios, ondas de calor prolongadas, queda de produções agrícolas e escassez de água.
Esta crise não é nova, nem é inesperada. A ciência tem estado a avisar a sociedade há décadas, sobretudo desde os anos 60, para as consequências que advêm do uso intensivo dos combustíveis fósseis e tem sido constantemente ignorada. Após estes inúmeros avisos, artigos e relatórios, as pessoas que detêm o poder de decisão, políticos e empresas de energia, não só os ignoraram como lançaram campanhas de negacionismo e manipulação sobre a ciência. Os cientistas estão fartos de serem ignorados e verem a sua mensagem manipulada, sempre para proteger os interesses do sistema.
Chegamos ao ponto atual. O aquecimento global deve ser limitado a 1.5 ºC em relação ao período pré revolução industrial, para que se evite um colapso irreversível da vida na Terra, desde as produções agrícolas, extinção de inúmeras espécies, mortes de milhões de pessoas, catástrofes frequentes, no fundo, o fim da vida como a conhecemos… No entanto, a Terra já aqueceu 1.1 ºC e caminha cada vez mais rapidamente para o limite. Governos e empresas mostraram-se durante décadas e continuam a mostrar-se incapazes de resolver a crise climática, só nos levarão ao colapso climático.
Precisamos de ação urgente e que envolva toda a sociedade. Por isso, nós estudantes, vamos ocupar os nossos lugares de influência, as faculdades.
Em particular, os alunos da faculdade de ciências têm o dever de mostrar que os futuros cientistas estão em luta e que irão garantir toda a informação científica necessária para orientar uma verdadeira transição energética, que seja justa para os trabalhadores.
Estamos cá, para dar o nosso contributo para revolucionar toda a forma como as sociedades funcionam e se organizam, antes que a crise climática mude tudo por nós.