Dia 20 de outubro, vários estudantes da Greve Climática Estudantil interromperam um evento que decorria na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa sobre o orçamento de estado para 2024, atirando tinta verde ao ministro das finanças. Este foi mais um protesto contra a recusa do governo em fazer a transição justa que garante que temos um futuro.
Dissemos que não há paz até ao Último Inverno de Gás, e o orçamento não contempla um plano de como vamos parar de usar o gás fóssil. Este é um passo essencial para nos mantermos dentro dos limites ditados pela ciência. Não é negociável, é uma necessidade existencial.
Esta ação vem no seguimento da promessa de que “Não há paz até ao Último Inverno de Gás”, ou seja, que não vamos dar paz ao governo até que este nos garanta o fim aos combustíveis fósseis até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, garantindo que este é o último inverno em que gás metano é utilizado para produzir eletricidade.
O governo continua a dar pequenos passos como se tivessemos décadas para realizar a transição energética. Este orçamento é o espelho deste governo: negacionista e criminoso. Estamos em plena crise climática, o principal foco deste orçamento tem de ser uma transição justa para energias renováveis. Negar isto é um crime contra a nosso futuro e a nossa vida.
Seis estudantes forem detidos e constituidos arguidos na sequência deste protesto, tendo vários sofrido violência policial.
Vamos voltar dia 13 de novembro com uma onda de ações em que vamos parar escolas e instituições. Dia 24, vamos ocupar o Ministério do Ambiente, que representa a inação geral do nosso governo em lidar com esta crise. Vamos mostrar que se o governo se recusa a garantir o nosso futuro, o vamos tomar pelas nossas próprias mãos!