No dia 10/10, centenas de estudantes de mais de 15 escolas e universidades marcharam pelas ruas de Lisboa na marcha “Estudar para que Futuro?”, pelo Fim ao Fóssil 2030 até à residência oficial do Primeiro-Ministro.

No ano passado, dezenas de estudantes de várias escolas entregaram ao governo uma carta que exigia um plano para uma medida essencial para garantir que a nossa geração tem um futuro: o Fim ao Fóssil até 2030.

A carta, até hoje assinada por mais de 2000 estudantes, é um ultimato, e avisa que, caso o governo não cumpra com essa exigência, os estudantes vão parar as suas escolas em protesto, para mostrar a todos que estamos a estudar para um futuro que nos está a ser roubado e como demonstração do que o poder estudantil é capaz.

A ciência é clara: o uso e exploração de combustíveis fósseis está a destruir as condições que permitem a vida no planeta. A crise climática está aqui, mata em grandes números e vai chegar a todos nós. E o tempo para a travar está a terminar. Ao recusar-se garantir um plano que dite o fim dos combustíveis fósseis nos prazos estabelecidos pela ciência, o Governo vende o nosso futuro à indústria fóssil.

Esta marcha serviu de aviso governo de que o seu tempo está a acabar: não vamos consentir em ser uma geração sem futuro. Se o governo continuar a ignorar a maior crise que a humanidade já enfrentou, vamos parar as nossas escolas a partir de 17 de novembro.

No fim da marcha, 200 estudantes reuniram-se em assembleia encerrando esta esta jornada de luta com um momento organizativo, para planear os próximos passos caso o governo não se comprometa com um plano que garanta o nosso futuro.

Vamos parar a nossa escolas, mas convocámos também uma nova marcha para dia 22 de novembro. Neste dia, depois da semana em que os estudantes vão estar a parar as suas escolas, o movimento estudantil convoca toda a sociedade, para marchar, lado a lado, para lutar pelo futuro a que temos direito, por um mundo sem combustíveis fósseis em que a justiça para todas as pessoas está em primeiro lugar, e deixar claro que o futuro dos jovens e estudantes não está à venda.

Depois deste verão, em que a intensificação da crise climática se manifestou em Portugal com milhares de mortos devido ao calor extremo e com a maior área ardida no nosso território, cabe também à sociedade inteira tomar uma decisão: unir-se em apoio à reivindicação de Fim ao Fóssil até 2030 ou ser cúmplice na condenação de todas as gerações vivas a um mundo inabitável.

Comentários

No comments yet. Why don’t you start the discussion?

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *