Sendo apoiante da causa da Greve Climática Estudantil, nos termos do manifesto que pode ser encontrado aqui, presenciei durante sete horas a ação policial na FLUL até à retirada das estudantes da FLUL. Porque mesmo assim não tenho todos os dados, porque me arrepiam sentenças incompassivas, sem investigação cabal por mecanismos de regulação democrática, e para não ser estúpida, abstenho-me, aqui, de exprimir juízos sobre o que se passou no dia 11 de novembro. Espero ardentemente que, por semelhantes razões, o tribunal, no dia 29, se abstenha de julgar, quando mais condenar, os/as quatro estudantes detido(a)s nessa noite. Não encontro fundamento para criminalizar a resistência firme, mas não violenta, de uns poucos insurgentes por justiça ambiental e social, face aos enormes danos por omissão de quase tod@s e à ausência mais ou menos consciente de quem decide. Galopamos para uma crise climática, essa sim de extrema violência, cuja única irrealidade é o prazo que se escoa para a sua travagem.